A Sorbonne

Descubra a história da Sorbonne, este local de ensino prestigioso no bairro latino de renome internacional desde o século XIII.
As origens da Sorbonne
O nome Sorbonne vem de seu fundador, Robert de Sorbon, que foi o capelão e confessor do rei Luís IX. A história do local está desde sempre intrinsecamente ligada à da Universidade de Paris, que foi uma das mais importantes universidades medievais da capital. Ao longo dos séculos, a Sorbonne tornou-se o símbolo deste local de prestígio que formou, entre outros, os maiores filósofos e mestres em teologia da História. As portas da Universidade de Paris abriram-se no século XIII e constituíam a associação de todos os colégios da margem esquerda da cidade. É neste local que eram formados todos os clérigos de Paris, todos os agentes administrativos das instituições reais (cortes de contas, tribunais, parlamento, conselho de Estado…) assim como os agentes das instituições eclesiásticas (bispos, abades, agentes do ensino e dos hospitais…). Os jovens alunos das Quatro Nações da época (Francesa, Normanda, Picarda e Inglesa) vinham aqui para fazer cursos de direito, medicina, teologia e artes. A Universidade gozava, portanto, de grande prestígio e de uma fama internacional sem igual.
Em 1253, Robert de Sorbon abre seu colégio na montanha parisiense Sainte-Geneviève. A instituição é inicialmente destinada a formar os estudantes mais pobres (como muitos colégios que se alojavam na colina), mas rapidamente o colégio de Sorbon adquire uma certa fama, tornando-se pouco a pouco a famosa Faculdade de Teologia La Sorbonne.
O século XVII vê a Sorbonne mudar de rosto. O cardeal Richelieu deseja trazer um sopro de renovação aos edifícios da faculdade e pede ao arquiteto Jacques Lemercier para cuidar das obras. Muito envolvido na vida da Sorbonne, o Cardeal Duque de Richelieu se tornará até mesmo o provedor em 1622.
Os tumultos da Revolução Francesa obrigaram as portas da Sorbonne a se fecharem por um tempo e a se tornarem finalmente simples ateliês de artistas em 1801. Sob a Restauração, Luís XVIII decide devolver aos edifícios da Sorbonne seu desígnio original, ou seja, ser uma instituição de ensino. Em 1821, a Academia de Paris e a Escola dos Cartórios (que prepara para as profissões de conservação de arquivos e do patrimônio escrito) tomam posse dos locais.
O templo do Conhecimento
O edifício que você pode admirar hoje data de 1901. Foi edificado a pedido de Jules Ferry, ex-Ministro da Instrução Pública. Seu arquiteto, Henri-Paul Nénot, quis dar à universidade uma fachada complexa e eclética, misturando os estilos arquitetônicos da neo-renascença, com os estilos antigos e até clássicos. O resultado é magnífico e, apesar da grande diversidade das inspirações do arquiteto, o conjunto é de uma homogeneidade e harmonia elogiadas por todos. A Sorbonne é, além disso, adornada com diferentes placas nas quais estão gravados os nomes de todas as academias da França, assim como os brasões das cidades que abrigavam na época um colégio.
A Sorbonne de hoje
A Sorbonne goza de uma aura internacional desde sua primeira construção no século XIII. Ela evoca ainda hoje o alto-lugar do ensino e da cultura, assim como das ciências e das artes. O saber é aqui transmitido há séculos, um saber que se pretende prestigioso, quase elitista, apesar de suas intenções democráticas do início. A Sorbonne é promessa de excelência e, oito séculos após sua fundação, a universidade ainda mantém seu lugar como representante nacional no cenário do ensino mundial do espírito aguçado do povo francês.
A Universidade acolhe hoje a sede do Reitorado da academia e da Chancelaria das Universidades de Paris, assim como instituições de ensino superior dotadas de uma aura internacional, mas também laboratórios de pesquisa universitária. O que foi momentaneamente o quartel-general do movimento de protesto de Maio de 1968, é atualmente composto por quatro universidades autônomas: Paris I Panthéon-Sorbonne, Paris III Sorbonne-Nouvelle, Paris IV Paris-Sorbonne e Paris V René Descartes.
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