Comentários sobre o novo espetáculo do Paradis Latin

Um pouco de história sobre o Paradis Latin

Você sabia que o Paradis Latin era o mais antigo dos cabarets parisienses? Napoleão Bonaparte o mandou construir em 1802 para se tornar um dos principais locais das noites parisienses. Durante a guerra franco-prussiana de 1870, o teatro foi destruído por um incêndio. Um mal que se transformou em bem, pois foi reconstruído por um certo Gustave Eiffel, a quem devemos as belas colunas sobre as quais repousa o edifício, bem como a elegante cúpula do mezanino. As primeiras revistas de cabaré como as conhecemos hoje estão em cartaz desde 1977.

Em maio de 2019, o Paradis Latin apresenta sua nova revista, o Oiseau Paradis, dirigida pelo coreógrafo Kamel Ouali, que não precisa de apresentações após suas aparições notáveis na televisão (Star Academy, a França tem um talento incrível) e seus musicais (O Rei Sol, Os Dez Mandamentos, Cleópatra…). E para ainda mais atratividade, a estrela escolhida para a revista não é outra senão a bela Iris Mittenaere, Miss França e Miss Universo 2016.

O Pássaro do Paraíso

Vamos à nossa noite. O jantar começa às 19h30. O maître nos coloca na sala onde já dançarinos com trajes curiosos – leões, cavalos e até uma árvore de Natal - giram alegremente ao redor das mesas. A refeição transcorre agradavelmente, apesar das mesas um tanto estreitas. No palco, apreciamos uma cantora que entoa músicas pop jazzy, e um violoncelista apresenta uma bela versão de Michael Jackson.

Às 21h30, o espetáculo começa. Uma diretora de elenco procura novos dançarinos e ela não espera muito: cerca de vinte dançarinos desembarcam no palco com suas roupas coloridas e adornadas com brilhos. Iris Mittenaere faz uma entrada notável pelas alturas do teatro com suas penas rosas. Ao longo da revista, ela nos oferece uma performance vocal bastante honrosa com Dancing Queen do Abba ou Love Supreme de Robbie Williams. Descobrimos uma Miss Universo muito alegre e sorridente, que não hesita em se ridicularizar enquanto permanece muito elegante. Temos a oportunidade de admirar sua bela presença graças a deliciosos trajes e hábeis jogos de luz que a valorizam. Ou o contrário.

O espetáculo dura duas horas sem interrupção. O palco é próximo e nos oferece uma certa proximidade com os artistas. Os quadros são sucessivamente audaciosos, cômicos, sensuais. Os dançarinos transmitem sua alegria e combinam canto e dança com brilho. Temos, claro, o inevitável French Cancan que nos encanta os olhos.

Alguns quadros jogam mais do que nunca a carta da sensualidade, e os aficionados do cabaré encontrarão semelhanças com o Crazy Horse. Você vai querer tomar um banho de amor com Roman e Cécile, um casal sublime de acrobatas que oferece um número no auge da sensualidade, e adorará o número de Bert e Fred, a dupla de acrobatas que nos faz passar do medo ao riso. Ok!

Em resumo, um verdadeiro rejuvenescimento para esta nova revista do Paradis Latin. Kamel Ouali soube habilmente fazer evoluir os códigos do cabaré tradicional, integrando jogos de sons e luzes e cenários imersivos. Um desfile de trajes iluminados, uma cenografia moderna e original, músicas contagiantes e recentes, e acima de tudo, um grupo de dançarinos e artistas radiantes e realizados.

Atenção: Os artistas do Paradis Latin se apresentam várias vezes por semana durante vários meses. Mudanças de intérpretes podem ocorrer para preservar as capacidades dos artistas.

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