Arrondissements de Paris Arrondissements de Paris

Arrondissements de Paris

Os arrondissements são divisões administrativas. Paris possui 20 deles, cada um com seu próprio prefeito. Esses 20 distritos parisienses têm a particularidade de formar uma espiral, uma concha de caracol, com os primeiros números partindo do centro e se desdobrando para fora até o número 20. Cada arrondissement é geralmente subdividido em quatro bairros: um a noroeste, um a nordeste, um a sudoeste e um a sudeste. Essas subdivisões não oficiais são vestígios das seções revolucionárias desenhadas durante o corte de Paris após a Revolução Francesa.

A origem do caracol de Paris

Foi aos poucos que Paris adquiriu sua forma emblemática em espiral. Em 1795, os primeiros arrondissements foram criados. A capital era muito menor do que é hoje: possuía apenas 12 subdivisões, classificadas em ordem crescente da esquerda para a direita e divididas em duas linhas distintas estendendo-se de ambos os lados do rio Sena. Durante os grandes trabalhos de Haussmann na segunda metade do século XIX, a cidade se expandiu e os municípios vizinhos se juntaram aos primeiros arrondissements. Portanto, foi necessário revisar o plano de Paris, redesenhar e recompor os arrondissements para criar novos.

O primeiro plano da capital previa atribuir o número 13 ao atual 16º arrondissement, ideia que não agradou seus ricos habitantes. Na época, a expressão "casar-se na prefeitura do 13º arrondissement" significava viver juntos sem estar casados, em concubinato, uma vez que esse arrondissement ainda não existia. A ideia de ser associado a uma expressão de estilo de vida moralmente inaceitável não agradou os abastados locais, que fizeram pressão para não receberem esse número. Assim, foram os bairros pobres que cercavam a Place d'Italie na época que receberam o número 13, enquanto os bairros ricos receberam o número 16. Para isso, adotou-se um esquema em espiral, com números de 1 a 20, partindo do centro até o nordeste da cidade. Essa disposição de 1860 nunca mudou desde então, embora o bairro de negócios de La Défense seja frequentemente chamado informalmente de "21º arrondissement".

Clichês para cada bairro parisiense

Os arrondissements estão longe de serem apenas uma simples divisão administrativa da cidade. Eles representam para os parisienses universos muito diferentes, e todos eles evocam clichês que, somados, contribuem para o charme da capital.

Para resumir, os mais ricos estão a oeste de Paris, incluindo o 7º (Invalides, Saint-Thomas-d'Aquin, Ecole Militaire), o 8º (Champs-Elysées, Madeleine), o 15º arrondissement (Grenelle, Vaugirard) e o 16º (Auteuil, Muette, Porte Dauphine), que é o protótipo do arrondissement burguês. Belos edifícios, ruas tranquilas e encantadoras, população de certa idade, homens de negócios... enfim, um bairro que é "muito 16º", como costumam dizer.

Encontramos então os bairros mais populares no nordeste de Paris, como é o caso em muitas capitais. Foi durante a revolução industrial de 1840 que as fábricas e os trabalhadores se estabeleceram nos atuais 18º, 19º e 20º arrondissements. Também são locais de imigração, pois é aqui que se encontravam prédios com preços acessíveis, especialmente criados para os recém-chegados dos países do leste europeu, do Magrebe, da África subsaariana e, finalmente, da Ásia.

Em seguida, temos o 13º arrondissement, que imediatamente evoca no parisiense o bairro chinês, seus supermercados asiáticos, seus restaurantes exóticos que em alguns casos têm karaokê, seus desfiles do Ano Novo Chinês... O 11º, o novo bairro da moda, o 6º (Saint-Germain-des-Prés) é o bairro dos "bourgeois bohèmes" e dos cafés literários, o 8º (Champs-Elysées) é o bairro dos turistas... Enfim, cada arrondissement tem seu clichê... E suas exceções que confirmam a regra.

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Paris oferece a seus visitantes diversas faces, de acordo com o local visitado e o momento do dia. Assim, existem inúmeras maneiras de contemplá-la e, outrossim, de amá-la.